Não que eu tenha te esquecido, só não penso mais todos os segundos do dia. Parei pra analisar como foi a minha caminhada até aqui sem você e como fora junto a ti. Dolorosa talvez, um pouco alegre, mas muito, muito cansativa. Eu lembro todos os dias como foram aqueles dez meses de tortura, de aperto no peito. De como nós mudamos, e mudamos o verbo... Podemos dizer que nunca houve nós e sim, eu e você. Na minha cabeça sempre foi difícil aceitar o fato que eu gostei e amei sozinha, que eu me desgastei e me desgostei cada dia mais. Ainda ouço uma música que me lembrará eternamente o seu jeito, o seu rosto (embora com algumas mudanças) o teu gosto. E me pergunto baixinho, quando essas imagens, essa saudade irão acabar? Passaram alguns depois de você, mas a sua essência permanece intacta e essa minha mania de querer que todos sejam você. Tudo mudou de alguns meses pra cá, mas eu ainda te vejo como a primeira pessoa que conheci. Um amigo idiota do meu irmão, que ficava de gracinhas comigo e isso foi mais forte. E cá estou eu, depois de muitos meses, de muitos tombos, de muitas mordidas no travesseiro e de algumas muitas promessas de não chorar mais, escrevendo novamente, com um sorriso no rosto, afinal, essa saudade, essa ausência me fazem feliz, eu acredito que isso me faça bem. E quem olha de outro ponto de vista tem a certeza que isso corroe, que essa maldita lembrança machuca, só eu não enxergo isso. Talvez eu exerge, só não aceite. Aceitar que você não está mais comigo, que você mudou, que a saudade que eu sinto é de outra pessoa, realmente, é difícil aceitar. Eu agora percebo, que me apaixonei por uma menino que não existe mais, esse menino morreu há alguns meses, mas na minha memória ele permanece. Posso ver esse sorriso, esse olhar, que em meu pensamento, é de outra personalidade que eu sinto falta. Muita falta.
A ansiedade presente
Há 2 meses
2 comentários:
Pior que essas coisas so o tempo cura nao?
As vezes nem o tempo...
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